domingo, 31 de outubro de 2010

Um Momento Como Este.

E se eu te disse
Foi tudo feito para ser
Você acreditaria em mim
Você concordaria
É quase como aquele sentimento
Que nós já nos conhecemos antes
Então me diga que você não pensa que eu sou louco
Quando eu digo que o amor é aqui e agora

Um momento como este
Algumas pessoas esperam uma vida toda
Por um momento como este
Algumas pessoas procuram para sempre
Por aquele beijo especial
Eu não posso acreditar que está acontecendo comigo
Algumas pessoas esperam uma vida toda
Por um momento como este

Tudo muda
Mas a beleza permanece
Algo tão carinhoso
Que eu não posso explicar
Bem, talvez eu esteja sonhando,
Mas eu ainda estou acordado
Nós podemos fazer esse sonho durar para sempre?
E eu vou valorizar todo o amor que nós compartilharmos

Poderia ser este o melhor amor de todos
Eu quero saber se você vai me segurar quando eu cair
Então deixe-me dizer-lhe isto
Algumas pessoas esperam a vida inteira
Por um momento como este

Algumas pessoas gastam duas vidas
Por um momento como este
Algumas pessoas procuram para sempre
Algumas pessoas esperam a vida inteira
Por um momento
Tal como este.

NÃO ESCRITO

Eu não estou escrito, não posso ler minha mente, eu estou indefinido
Eu só estou começando, a caneta está em minha mão, terminando um não plano
Encarando a pagina em branco na sua frente
Abra a janela suja
Deixe o sol iluminar as palavras que você não poderia
encontrar

Buscando por alguma coisa distante
Tão perto que você pode provar isto
Libertando suas inibições
Sinta a chuva em sua pele
Ninguem mais pode sentir isto por você
Somente você pode deixar isto entrar
Ninguem Mais, ninguem mais
Pode dizer as palavras em seus labios
Mergulhe em palavras não ditas
Viva sua vida com os braços estendidos
Hoje é quando seu livro começa
O resto não está escrito
Eu quebrei tradições, algumas de minhas tentativas, estão fora da linha
Nós estamos condicionados as não cometer erros, mas eu não posso viver desse jeito

Encarando a pagina em branco na sua frente
Abra a janela suja
Deixe o sol iluminar as palavras que você não poderia
encontrar

Buscando por alguma coisa distante

Pode dizer as palavras em seus labios
Embebedado em suas palavras não ditas
Viva sua vida com os braços estendidos
 Por que  resto não está escrito...



sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Retribuindo o Carinho... Raianne é Pra VOCÊ esse post.

Raianne quero dizer que você se tornou uma pessoa muito especial pra mim, quero cultivar sua amizade sempre, vc é uma menina guerreira, nunca desista dos seus objetivos e quero que saiba que esse carinho que você sente é recíproco pode ter certeza...






SEJA O SUCESSO SEMPRE POIS VOCÊ MERECE E VOCÊ PODE...








Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso.

IAGD 2010, Postagem De Uma Linda Amiga Raanne B.

Iagad para quem não sabe é um festival de dança que acontece em Nova Iguaçu , ontem eu fui prestigiar os meus amigos da Cia de 2 , eles participaram K-mila & Luciano , Stephanie & Marcelo eles concorreram na Modalidade contemporâneo com a música Hallelujah , eles não ganharam o troféu , mais não só pra mim como p. várias pessoas que estavam lá eles mereciam ter ganho , tenho que confessar quando eles entraram no palco e começaram a dançar eu fiquei IMPRESSIONADA o nível da coreografia estava excelente e no meio da coreografia quando teve uma pegada da Phanie com o Marcelo foi SURREAL , ai eu não me contive chorei só um pouquinho , nada descontrolado mas eu chorei sim , vocês devem estar se perguntando e se questionando , Mais que palhaçada , chorar vendo alguém dançar , e eu respondo a vocês Chorei Sim ! Por vários motivos a música que eles dançaram foi linda , a coreografia estava perfeita , os saltos estavam lindos e o principal motivo que me emocionou foi ver ali no palco do sesc 4 pessoas importantissímas pra mim dançando como se fossem a última dança que eles poderiam fazer no mundo ! Vocês não imaginam como foi PERFEITA a apresentação deles !
Enfim como disse a K-mila O grande erro de todas as pessoas é achar que o "perfeito" esta em sair com o troféu na mão. 

Parabéns a CIA de 2 pra mim vocês foram OS MELHORES DA NOITE !

O Teu Amor...



Semana passada vendo alguns videos no youtube e vi um vídeo do Diante do trono. Amei a maior parte delas, mas uma em especial me que chamou a atenção: O Teu amo já tinha assistido muitas vezes mais nunca tinha reparado na letra da canção . A música fala que ele é mais forte do que a dor, maior que o meu pecado, vai mais além do que eu possa imaginar... Até aí nada que você nunca tenha ouvido antes... Mas aí visualizei em cima da letra  sobre conseguir amar quem parece não ser possível: assassinos, pessoas que estão presas, quem ninguém quer tocar, etc.

Fiquei pensando e fui um pouco mais longe: sou capaz de amar quem me decepciona? Sou capaz de perdoar quem me fere? Consigo amar aquele líder que pecou? Consigo perdoar quem me feriu intencionalmente? Dou conta de voltar a admirar quem pisou na bola? Consigo dar uma segunda chance para quem caiu? Consigo não expor ainda mais a ferida descoberta do meu irmão?

Pode ser que nem sempre a minha resposta seja positiva à essas perguntas, mas a de Jesus é simplesmente a mesma: SIM. Ele sempre oferece amor, perdão, aceitação, segundas, terceiras, quartas chances... Então, se Ele que é TUDO consegue, por que então nem sempre nós conseguimos? Nos achamos superiores ao Criador? Nos achamos mais justos do que Deus? Nos achamos com o direito de julgar e punir? Por que ao invés de estender a mão, insistimos em acusar, apontar o dedo, ajudar a condenar ainda mais?

Não tenho uma resposta definitiva, mas tenho pensado muito sobre isso. Aí entra a canção novamente. Precisamos aprender a olhar com os olhos de Cristo e a amar com o amor que vem dEle. Nós fomos alcançados por esse amor inexplicável, somente pela graça, e precisamos aprender a ser mais graciosos com os outros. Eu quero aprender.



Vai ai o link do vídeo pra quem quiser assistir. 
http://www.youtube.com/watch?v=1_j_jR9Ua2Y

Voltando ao início...

Hoje, enquanto voltei na sala de dança da casas da Kita senti falta de cada um deles. Da empolgação com os figurinos, dos passos errados e certos, das correções, das brincadeiras, dos papos do intervalo. Esses detalhes, antes tão comuns, me fizeram uma falta enorme. 
O fato é que a vida é cheia de mudanças. As coisas se transformam sem nos pedir licença ou sem dar aviso prévio. Algumas mudanças trarão alegrias sem fim, outras dores. Algumas virão como se já fosse tarde, outras deixarão uma imensa saudade. Em alguns momentos será possível dizer não e manter a vida do jeito que ela está, em outros não será possível escolher. O fato é que não se pode negar que o mundo se movimenta e que cada decisão nos direciona a um caminho. A questão é: como lidar com as mudanças?

Sou adepto da seguinte teoria: sinta tudo o que for para sentir. Se viver uma situação triste, chore. Se viver uma feliz, gargalhe. Mas depois que o momento passar, saiba sacudir a poeira e seguir adiante. Veja os movimentos à sua frente e não fique parado, dance com eles.

Hoje, na sala de dança, me bateu saudades de um tempo que passou. Senti uma vontade enorme de reviver as coisas incríveis que presenciei. Curti aquele momento e fiz a minha escolha. Sacudi a poeira, descalcei os pés e voltei a dançar.
Saudades das nossas bagunças... Kita, Dani... esses momentos estarão eternizados... amo vcs!!

Graça X Juízo X Informação

Dia desses ouvi algo realmente fenomenal. Fantástico e simples.

A questão envolve três conceitos básicos: a Informação, a Graça e o Juízo. Em tempos de overdose de informações de tudo quanto é jeito, todos acabam achando que sabem demais e querendo saber mais ainda. E é aí que entra os outros dois conceitos. Em qual período você está? Na Graça ou no Juízo?

Se você está no Juízo, você se sentirá no direito de querer se informar ao máximo a fim de definir um "lado", de encontrar o certo e o errado. Sim, você pode usar uma série de desculpas interessantes e até justificáveis para ir cada vez mais fundo em assuntos que simplesmente não te dizem respeito. Como já diz o pensador Etzione, informação é poder. Então eu me pergunto: para que desejar esse poder? Para emitir juízo de valor?

Se você está na Graça, a ânsia pela informação perde sua importância, aliás, ela encontra o lugar devido. O olhar movido pela Graça tira o outro do foco. A Graça traz identificação, amor e não julgamento. A Graça desfaz o orgulho impiedoso do Juízo e traz respostas poderosas à perguntas que não querem calar. Se o Juízo pergunta: "Você ficou sabendo?". A Graça responde: "Não. E nem quero. Não me diz respeito".

O Juízo é cruel. A Graça é perdão. O Juízo mata. A Graça traz vida. O Juízo aprisiona. A Graça liberta.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A Cabana!

Foi o que li a um bom tempo mais quero recomendar aqui. Confesso que estava com muita preguiça, mas não resisto à livros ganhados ou emprestados. Com A Cabana não foi diferente.


A história é bem triste e começa com o desaparecimento de Missy, uma garotinha de seis anos, durante um acampamento com a família. Com a evidência de que ela havia sido vítima de um serial killer, o pai entra num profundo deserto assim que encontra o vestido da menina sujo de sangue dentro de uma cabana. O deserto denominado de "A Grande Tristeza", acompanha Mackenzie por anos à fio, até que um convite para retornar ao lugar que marcou a tragédia lhe aparece.


A apresentação do livro deixa claro que se trata de um relato verídico, vivenciado por um amigo do autor. Porém já vi uma entrevista em que o cara fala que se trata de um conto. O fato é que o enredo traz a experiência de Mac ao ter a oportunidade de encontrar Deus (Papai), Jesus e o Espírito Santo (Sarayu) no mesmo lugar em que sua filha foi assassinada. E ali, no meio da dor, a cura emergiu diante do relacionamento pessoal com a Trindade. Relacionamento: essa é a temática do livro.


Na minha opinião não interessa se aquilo aconteceu ou não. Porque as experiências que as pessoas têm não são para ser debatidas. Elas podem ser compartilhadas e cabe a cada um acreditar ou não. Mas para mim fica a essência que o conto transmite.


Pode ser chocante lidar com a forma como o autor apresenta a Trindade, mas ao meu ver isso só acontece porque somos tentados à encaixá-la dentro dos nossos achismos. Eu parei de tentar "achar" algo sobre Deus. Porque na minha opinião Ele é e ponto final. Onde Ele está tudo é diferente. E isso não se discute.


A Cabana fala de relacionamento, de vida, de intimidade, de perdão, de pessoas. E gostei da abordagem a esses assuntos não ser do tipo "auto-ajuda", mas sim de "Alto-ajuda". Porque realmente acredito que sem um relacionamento com Deus (seja da forma que for) é muito difícil lidar com os desertos que invariavelmente invadem a vida sem pedir licença. Mac se resgatou ao enfrentar a origem da "Grande Tristeza" e cada dia me convenço mais do poder que há nesses confrontos (sempre que orquestrados pela mão divina).


Gostei também da forma como as discussões teológicas são tecidas, mesmo que não concorde absolutamente com todas as ideias apresentadas. E a minha visão diante disso é simples. Não é errado ter dúvidas, discordar do que você ouve, questionar as ideias apresentadas por aí a fora. Errado, para mim, é se achar dono da verdade e não se abrir para ouvir um outro lado.
É assim que vejo A Cabana. Não uma fórmula pronta, mas um convite para o diálogo.

De vez em quando me atrevo a divagar..... Divagar devagar.

Enquanto as pessoas tomarem atitudes baseadas no movimento de terceiros, o ciclo vicioso de escravidão e falta de originalidade permanecerá. E isso não é altruísmo ou auto-proteção. É pura fuga. E fugir não leva ninguém a lugar nenhum, só ao mesmo ponto de onde se partiu. E assim que círculos incríveis de 360º são feitos.

Faça valer


Conversando com um amigo lembrei de algo que ouvi da Joyce Meyer há quatro anos.

Sempre que rolam momentos de tensão existem três escolhas:

1- Pressionar agora, romper agora e ter uma vida plena agora.
2- Deixar para pressionar depois e arrastar uma situação desagradável por tempo indeterminado.
3- Não pressionar nunca e viver uma vida medíocre para sempre.

Ou seja, faça a valer a pena. A vida é muito curta para ser uma pessoa pequena ou investir tempo em coisas insignificantes. Plenitude é entender e viver hoje o conceito de felicidade.

CRENTE?

Acho o crente muito prepotente. Pode ler a frase de novo porque foi exatamente isso que escrevi.

Temos a tendência de achar que só nós possuímos a verdade e que vamos salvar o mundo. O crente não salva ninguém. Quem salva é Jesus. Também existe a inclinação a achar que ninguém é bom o suficiente ou que somos seres superiores. Mas não é bem assim. Já vi muita gente mais honesta do que os que se chamam cristãos. Semana passada, em um almoço de familia  , me vi obrigado a pedir perdão a dois amigos da familia  pelo péssimo testemunho que eles vivenciaram com uns parentes nossos evangélicos . Muito sem graça eles me disseram que nunca lidaram com tantas pessoas que tem dificuldade em honrar os compromissos como nesse meio. Constrangido disse a eles o que digo agora: Deus não tem nada a ver com o que pessoas sem caráter fazem. Ele não tem nada a ver com a prepotência do crente.
Em nome dessa prepotência muitas famílias se dividem, porque às vezes o crente acaba se achando melhor dos que os que ainda não conhecem a Jesus, e se recusa a freqüentar aniversários, natais e encontros. Não é a toa que o crente fica com fama de chato e anti-social. É que esse crente se esquece que o Mestre não andava somente entre Seus seguidores. Creio que esse tipo de ser não entende que separação é diferente de segregação. Ser separado, como as pessoas gostam tanto de dizer, não significa se isolar do mundo, mas sim evitar a prática do pecado. Deu para entender como as coisas são diferentes?

É por isso que muitas vezes é embaraçoso dizer que sou crente. Não, não tenho vergonha de declarar minha fé e amor ao meu Deus, mas é constrangedor ser associado a pessoas que nem honram o nome que ostentam. Pelo contrário.

Moral da história, quando me perguntam se freqüento alguma igreja logo respondo: Claro. Sou crente. Mas não sou desse tipo que você está pensando.

Ninguém merece.

O que fazer...

... quando os planos mudam sem pedir sua opinião?


1- Briga com o universo que está conspirando contra você.

2- Olha para alguém que consegue tudo o que quer e morre de inveja desse ser.

3- Morre de preguiça por ter que se adaptar a uma nova realidade.

4- Olha para o alto e pergunta: "Deus, você tá zoando da minha cara, né".

5- Todas as opções acima.



Aí você vai orar e Deus simplesmente te diz: "Mas, no monte Sião, haverá livramento..." (Obadias 1.17).

2010

Eu vivi 2010. Muito. O vi passar por mim a cada dia e não abri mão das oportunidades que ele me proporcionou. O ano que vai se encerrar há pouco trouxe a mim uma miscelânia de experiências e urgências. Foram cenários, lugares, momentos e tanta riqueza. Esse foi um ano que não tive pressa de passar. O quis devagar, no seu tempo certo, me proporcionando alegrias e tristezas únicas, coisa de quem só se vive uma vez.

Recebi 2010 de braços abertos. Transformei minhas frustrações dos anos anteriores em esperança, erros em novas oportunidades, e tragédias em comédia. Porque eu não tenho outro dia, e muito menos outro ano, para viver. Eu tenho o hoje. E que ele seja lindo, delicado, intenso e vivo.

Em 2010 vivi. E não me canso de dizer isso. Porque não deixei a vista cansada tirar a beleza das paisagens, e nem a pequenez do dia a dia exaurir o meu cotidiano. Eu dancei escondido no meu quarto, eu corri na chuva, cantei sozinho no meio da rua, li livros no trânsito, dormi na casa de desconhecidos, fiz incríveis amigos, chorei `a exaustão, sofri somente o necessário, andei de bicicleta, viajei por onde nunca imaginei, me perdi de mapa na mão, comi comidas estranhas e divinas, fotografei e fui fotografado, escrevi para mim e para os outros, fui surpreendido pelo comum e assombrado pelo extraordinário. Em 2010 sonhei, mas de olhos bem abertos, para não perder nada. E é assim que defino esse ano tão redondo: o melhor e o menos triste da minha vida.

 Sei que o ano ainda não acabou.Mais quis fazer um balanço do que me aconteceu até agora; mais acho que ainda pode acontecer muita coisa antes do ultimo dia de 2010 mais sendo assim recebo 2011 com aquele frio na barriga de quem não sabe exatamente o que vem pela frente, mas que tem a consciência da grandeza e da responsabilidade de se construir uma vida bela na simplicidade do dia a dia. E nesse momento me lembro do que um querido amigo me disse na minha última noite do mochilão: "Você tem uma vida plena". Quando olho para 2010 é examente assim que vejo: plenitude.

Enfim, que 2010 seja um ano pleno, para mim e para você.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Vida Boa!

Aprendi desde cedo a amar a vida. Amar quando passeávamos em família, quando íamos a casa dos meus avós, a ir a escola, a brincar na rua, a ouvir e contar histórias, amar as pessoas ao meu redor. Aprendi com meus pais e irmãos a ficar atento aos detalhes. `Aquelas coisas pequenas que nem sempre prestamos atenção. Lembro da minha mãe dizer: “o que importa é a qualidade, não a quantidade”. E foi assim que aprendi a valorizar a vida que podia ter. Seja ela qual fosse.
Com tanta riqueza a minha volta, aprendi a dar valor `as estações da vida, tendo a consciência de que a plenitude que todo mundo sonha, o famoso “e viveram felizes para sempre” se constrói no cotidiano simples. E o mais importante: o que é ser feliz para mim pode ser diferente do conceito de felicidade do outro. Aprendi a sonhar, mesmo que as circunstâncias não fossem tão favoráveis. Hoje posso dizer que em 22 anos vivi muito, o que me traz a sensação de ter um coração cheio.
Amei minha infância, minha adolescência e minha vida adulta. Amei as amizades que construí, os relacionamentos que desenvolvi, os meus encontros e desencontros. Amei minha vida de solteira. Aprendi a valorizar esses anos, certa de que era um período único. Um tempo precioso demais.
Nunca fiz um plano ideal de vida. O meu objetivo final. A minha meta sempre foi viver muito. Ser feliz hoje, agora, dentro das oportunidades que me surgem. Acho que isso foi influência da minha mãe, que sempre ensinou a mim e os meus irmãos a lutarmos pelos nossos sonhos, a estudar muito, a trabalhar para conquistar o que desejássemos. E que se no meio do caminho aparecesse alguém legal para compartilhar a jornada, ótimo. Senão, nossas vidas não podiam ser condicionadas a busca pelo “mundo encantado”.
Aprendi a amar a adolescência e a desfrutar dos benefícios exclusivos a essa época da vida. Quando poderia dormir tantas noites seguidas nas casas dos meus amigos? Quando poderia decidir passar um final de semana em São Paulo e simplesmente pegar o ônibus e ir? Quando poderia viajar sozinho sem destino com uma mochila nas costas? Quando poderia investir meu salário e economias só nas minhas prioridades? Quando poderia tomar decisões baseadas exclusivamente na minha vontade? Quando eu poderia ter viajado tanto e me dedicado ao máximo `a minha vida profissional? Quando eu poderia ter dúvidas sobre quem eu queria ao meu lado para a vida toda?
Aprendi a ser independente e a amar a minha independência. Nesses anos fui muito dono do meu nariz e construí um estilo de vida muito meu. E com toda determinação que me é peculiar, não deixei que nada tirasse o foco do que tracei para mim. Tá. Quase nada. Confesso que algumas vezes quase me perdi de vista...
Hoje adulto. E quando escrevo essa frase ainda acho estranho. Um estranhamento delicioso, que vem com frio na barriga e muita alegria. Amei muito a minha vida . Não que uma coisa seja melhor que a outra, mas sim porque a vida muda e precisamos aprender a mudar com ela. Sei que amarei o novo capítulo da minha história porque escolhi, sem nenhuma dúvida, a ser feliz! hoje começo a minha mais nova aventura. E que seja a melhor de todas!

Sobre não Sofrer.

Não sei quando comecei a aprender a não sofrer. Sei que foi na mesma época em que descobri que isso não significava não sentir. Eu sinto tudo. Muito. Mas aprendi a dosar os efeitos de notícias ruins sobre minhas emoções. Dou prazo a minha dor. Não que eu a controle, mas determinei que ela não me domina. Faço acordos com o meu coração e nos entendemos bem. Na medida do possível.
Recentemente recebi algumas más notícias. E quando me ligavam para saber como eu estava, uma resposta automática veio com tudo: “Estou caminhando. Não tenho tempo para sofrer”. Não tenho tempo ou não deu tempo? Os dois. Quando a dor chegou, dialoguei com ela. E ela se foi no mesmo ritmo que veio.
Não posso determinar tudo que se passa ao meu redor, mas posso decidir como lidarei com fatos desagradáveis. E a minha primeira decisão é manter meu coração grato. Ser grata por acontecimentos ruins? Sim. A gratidão preenche o coração. A murmuração o esvazia. E com a dor aprendo. Das adversidade faço degraus e os aproveito para passar de fase mais rápido.
Hoje estou feliz. E não é porque tudo está perfeito. Estou feliz porque consegui colocar as más notícias no lugar que elas merecem: abaixo do que me faz bem.

MUDANÇAS.


De tempos em tempos minha vida dá uma guinada. Ela simplesmente muda. De hora para outra. Sem pedir licença. Sem minha permissão. E tento acompanhar os acontecimentos inesperados no meu próprio passo. Ora corro. Ora caminho. Ora tropeço. Ora paro.

Eu gosto de mudar. Gosto das experiências novas. Do frio na barriga. Gosto de não saber.

Mais uma vez minha vida mudou. Por mais que pareça ter sido de uma hora para outra, hoje vejo que ela seguiu um caminho que há tempos percorro. Não sei o que virá pela frente e mal sei o dia de amanhã. Mas sei que ventos bons me trouxeram aqui. E ventos melhores ainda me guiarão por onde for. E pensando nisso sorrio.

Na mudança há espaço para a saudade e gratidão. Para o sorriso da lembrança e muitas memórias preciosas. Recordações que me impulsionam para mais alto. Para chegar aonde ainda nem faço ideia.

O fato de mudar não quer dizer que o que veio antes foi ruim. O novo não invalida o que passou. A mudança determina apenas que um tempo se findou e outro começará. E com isso mantenho na minha enorme bagagem ambulante, um mundo tão bonito que vivi, com pessoas tão queridas. Aí respiro fundo e dou aquela ajeitadinha para acrescentar outras histórias e novas experiências que, inevitavelmente, virão.

E assim continuo. Ora correndo. Ora voando. Ora pulando. Ora caindo. Mas sempre caminhando.