segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Vida Boa!

Aprendi desde cedo a amar a vida. Amar quando passeávamos em família, quando íamos a casa dos meus avós, a ir a escola, a brincar na rua, a ouvir e contar histórias, amar as pessoas ao meu redor. Aprendi com meus pais e irmãos a ficar atento aos detalhes. `Aquelas coisas pequenas que nem sempre prestamos atenção. Lembro da minha mãe dizer: “o que importa é a qualidade, não a quantidade”. E foi assim que aprendi a valorizar a vida que podia ter. Seja ela qual fosse.
Com tanta riqueza a minha volta, aprendi a dar valor `as estações da vida, tendo a consciência de que a plenitude que todo mundo sonha, o famoso “e viveram felizes para sempre” se constrói no cotidiano simples. E o mais importante: o que é ser feliz para mim pode ser diferente do conceito de felicidade do outro. Aprendi a sonhar, mesmo que as circunstâncias não fossem tão favoráveis. Hoje posso dizer que em 22 anos vivi muito, o que me traz a sensação de ter um coração cheio.
Amei minha infância, minha adolescência e minha vida adulta. Amei as amizades que construí, os relacionamentos que desenvolvi, os meus encontros e desencontros. Amei minha vida de solteira. Aprendi a valorizar esses anos, certa de que era um período único. Um tempo precioso demais.
Nunca fiz um plano ideal de vida. O meu objetivo final. A minha meta sempre foi viver muito. Ser feliz hoje, agora, dentro das oportunidades que me surgem. Acho que isso foi influência da minha mãe, que sempre ensinou a mim e os meus irmãos a lutarmos pelos nossos sonhos, a estudar muito, a trabalhar para conquistar o que desejássemos. E que se no meio do caminho aparecesse alguém legal para compartilhar a jornada, ótimo. Senão, nossas vidas não podiam ser condicionadas a busca pelo “mundo encantado”.
Aprendi a amar a adolescência e a desfrutar dos benefícios exclusivos a essa época da vida. Quando poderia dormir tantas noites seguidas nas casas dos meus amigos? Quando poderia decidir passar um final de semana em São Paulo e simplesmente pegar o ônibus e ir? Quando poderia viajar sozinho sem destino com uma mochila nas costas? Quando poderia investir meu salário e economias só nas minhas prioridades? Quando poderia tomar decisões baseadas exclusivamente na minha vontade? Quando eu poderia ter viajado tanto e me dedicado ao máximo `a minha vida profissional? Quando eu poderia ter dúvidas sobre quem eu queria ao meu lado para a vida toda?
Aprendi a ser independente e a amar a minha independência. Nesses anos fui muito dono do meu nariz e construí um estilo de vida muito meu. E com toda determinação que me é peculiar, não deixei que nada tirasse o foco do que tracei para mim. Tá. Quase nada. Confesso que algumas vezes quase me perdi de vista...
Hoje adulto. E quando escrevo essa frase ainda acho estranho. Um estranhamento delicioso, que vem com frio na barriga e muita alegria. Amei muito a minha vida . Não que uma coisa seja melhor que a outra, mas sim porque a vida muda e precisamos aprender a mudar com ela. Sei que amarei o novo capítulo da minha história porque escolhi, sem nenhuma dúvida, a ser feliz! hoje começo a minha mais nova aventura. E que seja a melhor de todas!

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